sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

E na corrida pelo dinheiro... (concursos)


Dinheiro*

Viper

Composição: Indisponível

Circulando
Do mesmo jeito que a gente
Vai pra lá e pra cá

Sustentando
Porque meu vício pede muito
E não dá pra parar

Um dia na Baixada
Uma noite na estrada
Quem não for não vale nada

Zona Sul e Zona Norte
Ouvir banda de rock
É a lei do mais forte
Eu vou pra lá com você

Dinheiro
Ou tem pra todo mundo
Ou não tem pra ninguém

Não tenho nada
Mas tenho tudo que eu mereço
E ninguém vai tirar

Ninguém entende
Que tudo aquilo que eu peço
É o que não dá pra mudar

É plena sexta feira
Balada de primeira
Aproveitar a noite inteira

Talvez não role nada
A conta não tá paga
Agora é tudo ou nada
Eu vou pedir pra você


Então, não estou escrevendo no word de novo, mas enfim, apenas uma reflexão acerca de dinheiro e emprego. A eterna corrida, o sentido da vida e a raiz de todo mal.
Dinheiro suficiente é bom, dinheiro demais é ruim, dinheiro de menos é péssimo. Mas ele circula, nunca para na nossa mão. O dom do mundo atual, dinheiro chega, dinheiro vai. Vai pra lá e pra cá já a diz a música. Uma mão recebe a outra paga as contas, por que reter o dinheiro não é?

E fazer o que com dinheiro retido?

Um belo dia andando pelas ruas você empacota (leia-se falece) e então? Então, vamos gastar, esbanjar, consumir mesmo! É a finalidade, o futuro é incerto, o passado já foi e agora é festa.

Hoje é sexta feira balada de primeira... (Symphony X no média player)

Cartão de crédito, cheque, boleto, trocado.
dinheiro, dinheiro a ser gasto

E o emprego onde entra neste texto?
Oras...
Dinheiro não brota em árvores.... ¬¬
(desconsidera-se a celulose do papel, in natura ela não é dinheiro)

Near

*Letra do site: letras. terra

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Histórias de Seringueiros Parte I.


Acredite se puderem pior que história de pescador é história de seringueiro. Não sei direito, mas acho que por morarem no meio do mato sem energia elétrica, todo dia se deslocar pra passar o dia tirando o leite do pau (sacou, sacou) os deixa meio atordoados e com a imaginação um tanto férteis pra bizarrices, e o pior, eles adoram passar isso de geração pra geração!!!!!

Pois bem, quando um seringueiro, ou ex seringueiro, senta pra contar uma história “verídica” que aconteceu com um amigo do parente da vizinha da outra colocação, aí o bicho pega , é cada história macabra que nem os três dias e três noites que o Chicó passou agarrado em um pirarucu navegando pelo rio, ou a viagem em cima de duas tartarugas do Jack barram.

Minha mãe é de uma tradicional família de seringueiros, ou seja, também é uma ex-seringueira, e ela como uma boa mãe que é, naquela época em que todo dia as mucuras iam fazer uma visitinha nas usinas da eletronorte, ela resolvia contar as histórias que seu pai lhe contava, também no escuro, (notou uma certa tendência em querer deixar os filhos apavorados na escuridão?) Acho que nordestinos não giravam bem da cabeça.

Como o meu avô, a maior diversão da minha mãe era ver a gente levantar as pernas pra cima do sofá pros bichos das escuridão que moravam debaixo do sofá nas noites de blecoute ( escrevi certo?) não nos pegassem pelas pernas e nos levasse sabe Deus lá pra onde. E quando a gente ficava até altas horas esperando a luz chegar pra poder dormir.

É pessoal, vida de filhos de ex-seringueiros cujo razão da existência é amedrontar os filhos não é fácil.

Mas pra não escrever um texto enorme aqui, e claro não esgotar toda a minha fonte de imaginação em um único texto, vou escrever as histórias de seringueiros por partes.
Na próxima edição contarei a história do vendedor de almas.
Inté lá ^_^
Elynalia Lima

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Caindo a noite (solo)










Vinde minha dama, a noite já vem

O sol se põe, a hora corre.

E corre tu minha dama querida

A canoa vai zarpar e tudo vai ficar pra trás

Tudo o que a vida tem.

Vem minha dama que o dia já morreu

Tudo o que resta são fagulhas nas nuvens

A noite chegou, nossa vida segue agora

Céu, estrelas e lua sobre nós e esse rio irá nos guiar

Além do mar...

Um dia teremos raízes na terra

Mas hoje temos asas para voar.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Caindo a noite (dueto)

O Velho – Este lago e tudo o que você vê, sempre esteve aqui, desde os meus ancestrais! Vede como é bela esta terra. Mas aqui da colina já ouço o som da moto-serra. Lá vem o desenvolvimento.

O Jovem – Mas devemos desenvolver, de maneira racional, de modo que nossos descendentes possam desfrutar desses belos recursos.

O Velho – Onde você vê recursos por aqui meu jovem? Aqui só há natureza. Que deveria permanecer aqui. Olhe, lá se vai o sol.

O Jovem – O futuro está em nossas mãos. Tudo isso deve ser preservado, pelo bem da humanidade, pelo nosso futuro. Assim sempre teremos nossas necessidades atendidas. A natureza proverá, sim proverá ainda por muitos e muitos anos. Iremos desenvolver, sim, mas também iremos preservar, pensando sempre no nosso futuro, no nosso bem. Verdadeiramente esse por do sol é belo.

O Velho – Olhe e veja, há tanta vida aqui, e só nos preocupa a nossa. Como era belo quando eu era jovem. Havia o canto dos pássaros, as águas do rio, os sons da noite, o medo da onça e o gosto da carne de caça, éramos felizes. Não quase nada mais era preciso. Finalmente! A noite chegou. Pelo menos nessa hora não ouvirei o som do desenvolvimento.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Rainy Days. (e alagação)



Dias de chuva têm sido esses, e o rio sobe, e corre. Sentar-se num banco, filosofar acerca da vida, da morte, da água e tantas outras coisas a se filosofar. E a água sobe aos esgotos. E contemplamos a natureza, bela em águas correntes, com toda sorte de peixes, mamíferos, crustáceos. E água caindo do céu. E água subindo na terra.

Os rios são o berço da civilização, nos deram lares e criaram impérios, agora nos expulsa de seus leitos. A água sobe, os esgotos transbordam os bairros alagam. E continua chovendo. Mais filosofias nos dias chuvosos, mentes pensantes e desocupadas, olhando a chuva sem sair de casa. E as pessoas desabrigadas saem de suas casas.

Fora a parte filosófica, inspirada principalmente pela música do Angra(Single Rainy Night, com as versões de rádio, versão completa e versão instrumental da mesma música, um pouco repetitivo devo admitir), pelo céu nublado, e um certo mendigo vestindo um saco amarelo se banhando ao leito do Acre e sentado ao lado de quem se ama, no leito do Acre, sobre um canoa velha, vendo garotos velejarem alegres e gritantes sobre um balseiro que passava. Isso leva a pensar.

Dias de chuva me deixam particularmente feliz, o tom branco, pálido e frio do céu me deixa de tão bom humor quanto o tom de fogo do amanhecer e o de morte do crepúsculo. E ainda me resta um pouco de força de espírito para admirar o azulão de meio dia do céu de domingão de churrasco. E a chuva.

Os rios foram o berço da civilização da Amazônia e agora eles expulsam periodicamente os habitantes de seu entorno e engole as propriedades pouco a pouco, muitos podem dizer que é tudo culpa da ação humana, pode até ser mesmo, mas também não seria razoável acreditar que o rio já encheu da população?(um toque: isso foi um trocadilho) Sei lá. Isso é filosofia de dias chuvosos. Enfim o rio está aumentando, e se Deus quiser, não haverá alagação esse ano, apenas um belo panorama de rio cheio.

Curioso como me preocupo com isso apenas agora, o ser humano é realmente cartesiano. Já dizia minha professora de meio ambiente.

Então, os batelões, sempre barulhentos andam para lá e para cá, as luzes azuis da passarela ser refletem na água, os jet-skis (escrevi certo?) esquiam para lá e para cá.

E a chuva cai e eu olho. Você olha?

Near

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

É DIA DE SUJO!!!! (reflexões carnavalescas)

É Carnaval! Dia de Sujo! Dia mais esperado pelos Cabras-machos, rio branquenses. Dia de pergar aquela vestido, MA-RA-VI-LHO-SO, da mulher, atarrachar aquela calcinha fio dental e é claro, fazer aquela imitação do BOFE que sempre quiseram. Consagrados e confirmados como machos (eu que não ponho minha mão no fogo). Sua reputações não se abalam, então chega o dia do Sujo. Que glória, que maravilha, que beleza, enfim podem se libertar desta crosta machista que os prendem e voar para o mundo. Ou simplesmente soltar a franga! Senhores, continuem conquistando o arco-iris.
Não que eu esteja duvidando, jamais, afinal é carnaval. Tudo o sob o céu nessa época Deus perdoa. Então fora as apologias do paganismo, Carnaval é brasileiro. Isso é o nosso povo! Um orgulho não?
Enfim, vamos elogiar a qualidade do "Sambódromo". Se não foi na Gameleira, pelo menos lá você vai se sentir, até os mortos apareceram para dar um olá. A segurança também impecável, logo na entrada se viam objetos assassinos como espelhos, maquiagem e principalmente canetas, entre essas últimas as minhas. E eu querendo para cometer um assassinato. Mas está aí uma verdade, Blush mata.
Voltando aos sujos, muito interessante, um certo senhor dizendo para sabe deus quem... "Vou dizer pra tua mulher que tu é corno". Incrivel como esses sujos representam bem. Quem sabe até que ponto vão... Sem mais.
Entre presidentes pulando marchinas, tacacá 50% água, 50% tucupí, e gays te chamando de lindo, na cara da sua namorada, foi um dia interessante, extraimos de lá o que se quer. Só faltou bater Kenner. E é só. Feliz Carnaval!

Near